terça-feira, 3 de novembro de 2009

Soldadora enfrenta altura e trabalho duro na refinaria


A falta de emprego e a necessidade de levar sustento à família fazem muitas mulheres enfrentarem desafios até então exclusivos dos homens. É o caso de Elis Sandra Souza Nascimento, 28 anos, que hoje atua como soldadora na Refinaria Presidente Bernardes de Cubatão (RPBC). Ela sempre trabalhou no comércio, especificamente em lojas de roupas femininas. Mas a falta de oportunidade no mercado, junto com a necessidade de se manter e cumprir seus compromissos, obrigou-a a optar pela profissão de soldadora, que em outras épocas era considerada exclusivamente masculina.
“No início foi um pouco difícil aceitar a idéia, mas como não tinha muita opção de escolha tive que segurar o que estava em vista”, conta Elis, lembrando que o apoio da família foi fundamental na sua decisão, principalmente o incentivo dos irmãos, que já atuam na área da RPBC, em uma empresa terceirizada. “Meus irmãos me ajudaram muito no começo e davam várias dicas para não desistir desse novo desafio”.
Elis Sandra aponta um fator positivo e favorável às pessoas que trabalham ou pretendem entrar neste setor. Não há acidente com frequência no setor de soldas, apesar de ser um serviço bem perigoso, que requer muita atenção. “Durante esse período que estou aqui ainda não vi nenhum acidente grave. Só teve um colega meu com queimaduras leves no pé, mas ele já está na ativa com a gente”. Atualmente a empresa terceirizada conta aproximadamente com 2.700 pessoas, sendo 30% deste quadro ocupado por mulheres em todos os setores da RPBC. “Acho que as mulheres estão no mesmo nível de trabalho em relação aos homens. O setor masculino está nos aceitando sem qualquer tipo de preconceito”.

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