quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Procura-se um lar


A maioria das pessoas tem vontade de adquirir um animal de estimação. Mas acontece que não tem tempo hábil para cuidar desses bichinhos e lhe propor um tratamento adequado, seja por falta de espaço ou de horário na nossa agenda diária.
Em pesquisa feita pelo jornal da Bandeirante, existe quase um milhão de animais abandonados só na cidade de São Paulo, sem contar as outras cidades do estado. Segundo dados do veículo, isto acontece porque seus respectivos donos não têm condições financeiras de mantê-los por causa dos tratamentos em clínicas veterinárias, gastos com remédios, alimentação e outros cuidados apropriadas para o animal. No início, todos acham o filhote uma gracinha, fofinho. Depois que começa a crescer, o bicho fica em segundo plano, já não tem mais carinho e é desprezado ou até mesmo abandonado nas ruas.
Aqui na região não é diferente. É só andar dez minutos pelas calçadas que logo encosta um cachorro para te agradar ou até pedir alimento. Na maioria das vezes, ele é chutado, maltratado e pode ser ferido pelos “animais humanos”.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

A TV, a massa e loucos

É notória a influência que a TV exerce sobre a sociedade brasileira, que acabou se acostumando à passividade de assistir, sem direito a questionamentos, às grandes vitórias e derrotas de políticos, artistas e personalidades. A galinha dos ovos de ouro, descoberta por Chateaubriand, seduziu os intelectuais, que já demonstravam há tempos ser capazes de manobrar opiniões em massa. De posse das ferramentas, não precisou muito para estes operários construírem seus impérios.

O regime concessionário do país deu a poucos o direito de passar adiante suas ideias, através de uma pseudo-comunicação, em que o receptor tem o direito de receber, só isso! Os interesses desconhecidos levaram ao topo ilustres desconhecidos, aclamados pelo frisson de uma nação que se autodenomina capaz de realizar suas próprias escolhas , deixando passar batido a quase imperceptível opção que alguns fizeram por ela. Os poucos que conseguem enxergar essa baliza gritam como loucos, desacreditados em meio a uma multidão que faz coro, de frente a linhas coloridas e bem definidas agora via digital, calados pelo alto som double áudio de potentes home theaters.

A história recente deste veículo cinquentão consegue a proeza de em pouco tempo reprisar as mesmas histórias, em que interesses pessoais se cruzam e duelam. Tornam-se públicos assuntos escondidos, o chão se abre para o declínio do limite e, sentada de frente ao centro da atenção familiar, a nação assiste confusa a uma guerra onde ela é o prêmio principal. Que os contratos escusos da ex-atual maior potência da comunicação brasileira continham irregularidades, os loucos desacreditados já sabiam. Que as ofertas alçadas contribuíram para a construção de um império em nome de um de seus mandatários e não da coletividade, eles também já sabiam. Mas afinal, porque ouvi-los? Ou melhor, como ouvi-los? Quem ganhará a concessão das escolhas da massa? Só o tempo dirá. Um viva à ingenuidade nacional e um brinde à vitória dos emissores! Saudações a você que compreende, a você que entende o que eu escrevo. Será um prazer gritar com você também...

Uma vida difícil


Abandonado pela mãe, Cláudio de Oliveira Soares, hoje com 42 anos, foi viver nas ruas aos 7, quando saiu de casa por não aguentar mais apanhar do primo e da tia, que o criava. "Enfrentei frio, abriguei-me em sacos de cimento, ficava nos piores lugares da cidade de Santos, além do mais eu tinha que procurar alimentos nos lixos", recorda. Aos 15 anos, ele conseguiu arranjar um emprego como servente de pedreiro e, com isso, uma família permitiu que morasse de favor com ela. Cláudio, porém não ficou muito tempo, pois tinha um temperamento difícil. "Eu não conseguia me dar bem com ninguém.Tive muitas oportunidades de sair das ruas, mas pelo fato de ser marrento eu sempre voltava de onde vim".
Cláudio tinha 29 anos quando, cansado daquela vida, arrumou um emprego em um supermercado, pela indicação de um amigo. Ele foi morar de favor novamente, mas desta vez na casa de Eliane Ribeiro, na época com 22 anos, colega de trabalho. Eles se apaixonaram, mas a situação financeira de Cláudio era difícil. Tudo mudou depois que um tio de Eliane sugeriu que Cláudio fosse trabalhar em sua empresa. “Confesso que foi a melhor coisa que fiz na vida e hoje sou feliz com essa minha escolha".
Para muitos, a vida traz situações difíceis porque é o destino, mas para Cláudio quem pensa dessa forma está totalmente enganado. "Acredito que a vida nos coloca em situações ruins porque sabe que nós somos capazes de mudá-la, só cabe a cada um ir à luta como eu fui".

Ganhou a vaga, mas será que vai?

Os lutadores da Academia Tailan Boxe Eduardo Vieira, de Itanhaém, participaram da Copa Brasil de KickBoxing, realizada entre os dias 14, 15 e 16 deste mês, em Embu das Artes, interior de São Paulo. Lá, a delegação composta por 21 atletas conquistou 21 medalhas e 14 dos lutadores classificaram-se para o 6º. Campeonato Sulamericano, que acontece em dezembro, no Paraguai.
Para o treinador Eduardo Vieira, um bom desempenho já era esperado. “Somos os atuais campeões paulistas por equipe e fomos o maior destaque do Estado na competição, que foi disputada estadualmente”, conta. “São Paulo não conseguiu a vitória. Levamos 21 atletas, conseguimos 21 medalhas, e apenas três ou quatro atletas não subiram no pódio. Estamos super-satisfeitos com a classificação” .
O atleta Milton Cléber dos Santos, campeão da categoria Low Kicks, até 57 Kg faixa preta, já se prepara para o próximo desafio. “Fiquei muito satisfeito, consegui atingir meu objetivo, que era a classificação para o sulamericano. Agora vou treinar forte para ir bem nessa competição”, explica. Agora a academia corre atrás de patrocínio para as passagens e assim poder competir no Paraguai, já que o apoio da prefeitura não cobre gastos dessa proporção.

Cifras pesadas de um interurbano local

Já não é de hoje que as chamadas telefônicas fixas tanto para a Baixada Santista quanto para o Litoral Norte tiram o sono do cidadão bertioguense. Pode parecer cômico, mas a cidade, a única do estado de São Paulo a participar de duas regiões metropolitanas, também é a única a não usufruir o bem de participar de uma região metropolitana. Se você disca o 12 para São Sebastião é interurbano e se discar o 13 para Guarujá ou Santos também é. Vale lembrar que Bertioga está na área 13. Depois dizem que o número não é maldito (risos).
Esse mês, por exemplo, me juntei a mais de 30 mil bertioguenses e quase entrei em colapso quando recebi uma conta de cerca de R$ 500,00, a maior parte decorrente do meu Trabalho de Conclusão de Curso, vulgo TCC, em que estou elaborando uma revista esportiva/turístico-cultural sobre o Litoral Norte, a Rota 55 em revista. Triste ideia de alguém que estuda na Baixada e tem o privilégio de morar em Bertioga. Tive de ligar para fontes no Litoral Norte e professores da Baixada Santista.
Acredito que agora você deva estar se perguntando: “como ele não sabia das tarifas?” e “será que é tão caro assim?”. É, eu sabia, sim, que seria desse jeito. Só não imaginava que era tão ruim e que teria de postar no blog Escriba Web e publicar na Rota 55 em revista para demonstrar meu descontentamento com a prestadora dos serviços de telefonia fixa. Afinal de contas, nunca ouvi falar da Região Metropolitana de Bertioga, na qual apenas a cidade de mesmo nome faria parte.

Veja mais:
www.diganaoaoddd.com.br
www.jusbrasil.com.br/noticias/1613003/telefonica-analisa-pedido-para-isentar-bertioga-de-interurbanos-na-baixada
www.direito2.com.br/cjf/2008/jun/13/cobranca-de-interurbano-entre-bertioga-e-baixada-tem-liminar-negada

Um passo para a liberdade

Independência. Esta palavra resume o desejo de muitos jovens brasileiros. Afinal de contas, quem não quer ser dono do próprio nariz? Quem não quer deixar de pedir dinheiro para os pais até na hora de comprar um sorvete? Pois é. O problema é dar o passo inicial e achar o primeiro emprego.
Luana Lopes, 19 anos, começou cedo sua trajetória. Com 15 anos, já dava duro num restaurante. Depois, numa lojinha de roupas. Por último, num comércio de produtos de limpeza, onde foi efetivada este ano. “Além da idade, muitos lugares exigem experiência em áreas específicas, o que é complicado para uma pessoa nova”, diz. Para realizar o sonho de trabalhar com turismo, ingressou numa escola técnica estadual e agora procura um estágio que sirva de primeira experiência na área.
Apesar das dificuldades, algumas empresas têm programas especiais voltados à seleção de teens. O quadro de funcionários do McDonald’s, por exemplo, é composto por gente de todas as idades. O governo do Estado de São Paulo também faz sua parte cadastrando currículos de adolescentes que estão a fim de pegar no batente. Se você se interessou, acesse: www.empregasaopaulo.sp.gov.br

Guerra Santa Midiática

Desde terça-feira (11/8), o que o telespectador vê quando liga seu televisor são os sucessivos ataques entre Globo e Record. Tudo começou com uma simples acusação, levantada pelo Ministério Público Federal, contra o dono da emissora paulista, o bispo Edir Macedo. Eis o estopim para uma briga que vinha se arrastando pelos bastidores das “rivais”.
Mas o que interessa neste texto não é a briga das duas e sim a posição do público. Talvez a “vitoriosa” em termos de audiência seja a que melhor consiga apresentar os fatos. Seguindo o lema de que a melhor defesa é o ataque, a Record já levantou a lebre da Globo. Foram resgatados antigos problemas da emissora da família Marinho. Enquanto isso, a Globo dá continuidade às denúncias, tomando como base os documentos da Justiça e as matérias de Veja, Época, Estado de S. Paulo e O Globo.
Afinal de contas, de que lado ficar? Em quem acreditar? A verdade é que “não existe um culpado até que se prove o contrário”.

Janelas do futebol brasileiro

Ano vai, ano vem e o torcedor brasileiro continua perdendo seus ídolos. A exemplo dos anos anteriores, o campeonato nacional se divide em duas etapas, a anterior aos euros e a posterior aos dólares. Ambas se referem à famosa janela de transferências de atletas canarinhos para o futebol do mundo. Isso acontece há mais de 20 anos, e parece que ninguém se deu conta de que o calendário nacional tem de se adequar aos dos principais campeonatos do planeta.
Já é de conhecimento do público futebolístico que clubes de todo o mundo, a destacar os da Europa e Ásia, investem pesado nesta mina de ouro chamada “jogador brasileiro”. É evidente, e cada vez mais explícito, que as agremiações brasileiras não conseguem concorrer com o dólar e o euro. Só não enxerga quem não quer ou simplesmente não se importar. A verdade, é que os clubes brasileiros em sua maioria estão “falidos”, devendo para Deus e o mundo.
O Brasileirão 2009 é mais um campeonato que sofre com a janela europeia. Pois, no velho continente, o mês de agosto é o início de mais uma temporada. Época esta em que torcedores começam a conhecer seus times e ídolos, e sabem que no término da temporada os jogadores serão os mesmos. Diferente do Brasil, onde garotos compram o álbum do campeonato brasileiro e não conseguem completá-lo, porque as janelas das páginas se multiplicam e figurinhas brasileiras andam em falta.

Dez de maio de 2009. Nilmar marca um belo gol contra o Corinthians, em jogo válido pela primeira rodada do Brasileirão.



Sete de agosto "janela" de 2009. Nilmar marca na estreia pelo Villareal da Espanha. Amistoso em que o submarino amarelo venceu a Juventus da Itália por 4 x 1.

Álcool em gel contra a nova gripe

Devido ao grande número de mortos desde a chegada da gripe A ou gripe suína, a população tenta se proteger de alguma maneira. De acordo com especialistas, higienizar as mãos frequentemente é a melhor forma de evitar a transmissão do vírus.
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É por esse motivo que encontrar álcool em gel nas farmácias se tornou algo difícil. “Todos estão com medo dessa nova gripe. Qualquer forma de prevenção é válida”, afirma a auxiliar de escritório Fátima Ferreira dos Santos, 24 anos.
A farmacêutica Ana Paula Mourão, 25 anos, diz que antes da nova epidemia era mais difícil vender o produto. “Hoje, diversas vezes ao dia, os clientes vêm até a farmácia em busca de álcool em gel. Ultimamente a nossa resposta é quase sempre negativa”, afirma. Ana Paula ressalta ainda que, para que o produto atinja a eficácia desejada, deve ter mais de 70% de álcool em sua formulação.

Posso respirAR?

Depois de tanta polêmica sobre a proibição do fumo em ambientes fechados, nós, os fumantes passivos, podemos comemorar e respirar aliviados. Aquelas idas a restaurantes, barzinhos e casas noturnas agora não são mais um suplício. A fumaça, daqui para frente, só da comidinha quente e saborosa e da cerveja estupidamente gelada.
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Pode parecer egoísmo de minha parte, mas estou aqui defendendo o direito de milhares de cidadãos, que antes eram obrigados a conviver com a fumacinha impregnando roupa, cabelos, pele e, principalmente, os pulmões. A minha esperança é que essa lei provoque mudanças de comportamentos e hábitos que se reflitam no cotidiano das pessoas de forma positiva: para os fumantes, o abandono do vício e, para os não fumantes, o direito de estar em lugares públicos sem o inconveniente mau cheiro.
Em minha opinião, a lei não proíbe a pessoa de fumar e sim defende apenas o direito dos que não fumam. Só espero que as autoridades façam a sua parte no que diz respeito à fiscalização e nós, sociedade civil, estejamos atentos às transgressões. E, como bem escreveu o médico Drauzio Varella, não é função do Estado proteger o cidadão do mal que ele causa a si mesmo. Mas é dever, sim, defendê-lo do mal que terceiros possam fazer contra ele.

Luzes, lápis e energia elétrica

Ela fez luzes no cabelo e pintou as unhas. Não tinha muito tempo antes de seu próximo concurso de beleza. Pela segunda vez, ia representar o Brasil em um concurso mundial; pela segunda vez saiu de lá campeã. Mais um título para sua coleção, que já inclui dois outros campeonatos regionais. A receita para o sucesso? Bom, isso só a mãe dela é capaz de responder. A garota mais bonita do mundo atualmente tem 6 anos.
Sim, 6 anos. Provavelmente a maioria das pessoas dessa idade consegue, no máximo, fazer um desenho colorido que só os seus pais vão achar genial. Tem sido assim desde o tempo dos nossos avós (talvez com uma limitação maior quanto às cores dos lápis; talvez fosse giz de cera naquela época), mas isso vem mudando drasticamente nos últimos anos. A nova geração Hi-tech já nasce sabendo procurar no Google e fazer chapinha no cabelo.
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A noção de mundo que essas crianças têm hoje é atrelada às inovações, sejam no campo da tecnologia ou da estética. Quer tentar em casa? Pergunte para uma criança como ela faz um trabalho de escola sem internet. Sugira um livro e ela ficará horrorizada. Que cada geração tenha suas características que combinam com o mundo ao seu redor nós já sabemos. O que não pode acontecer é que tudo o que veio antes acabe caindo no esquecimento. Caso contrário, nossos descendentes ficarão extremamente desamparados quando faltar luz.

Portadores de necessidades especiais lutam por um espaço na sociedade

Em nosso vocabulário diário, eficiente descreve aquilo que faz tudo perfeitamente, que consegue atingir totalmente seu objetivo. Logo, deficiente seria algo inadequado e improdutivo. Pode parecer uma coisa simples, até mesmo óbvia, mas que não chega à percepção daqueles que chamam os portadores de necessidades especiais de “deficientes” com certo descaso. Afinal, quem consegue sobreviver, apesar de todas as dificuldades, em um mundo que não lhe é adaptado não merece ser chamado de improdutivo. Deficientes sim, mas não incapazes. Apenas diferentes.
Foi pensando nisso que vários municípios da Baixada Santista vêm realizando seminários, palestras e planejamentos que visam a melhorar não só as condições daqueles que possuem algum tipo de deficiência, como também conseguir o mais importante: contribuição da comunidade em geral. “O nosso principal objetivo é tornar visíveis as entidades que realizam esses atendimentos, além de conscientizar as pessoas das necessidades do deficiente”, comenta a assistente social Maria Fernanda da Silva, que coordenou a semana do deficiente na cidade de Guarujá.
Em São Vicente , a prefeitura foi além. No mês de setembro começam as aulas de surf aos alunos matriculados no Centro Educacional e Recreativo (CER) – Especial. O Centro atende pessoas de 6 a 63 anos que têm algum tipo de retardamento no desenvolvimento mental. São 18 alunos que, pela primeira vez, terão a oportunidade de fazer um esporte ao ar livre. “As instituições estão trabalhando para expandir o atendimento. É importante que ele chegue a todos, porque o excepcional não pode esperar”, diz a sócio-fundadora da APAE, Célia de Oliveira Lima. Todas as aulas serão acompanhadas por um coordenador do CER, para garantir a segurança dos participantes. Porém, o curso é uma oportunidade rara - e que deve ser repetida - de crianças e jovens especiais realizarem atividades divertidas e que lhes dêem contato com a natureza e integração social.