sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Crise, marola e Enade

A crise financeira que colocou medo no mundo e fez muita gente temer pelo emprego virou até questão polêmica do ENADE 2009 (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes). A discussão sobre a pergunta que tratava do comentário do presidente Lula sobre o país sofrer apenas uma "marolinha", no tsunami que foi a derrubada do mercado internacional vai longe. Afinal, é ou não é propaganda do Governo? Fato é que o mercado brasileiro e as indústrias já sentem uma melhora no volume dos negócios, afastando de vez o fantasma do desemprego.

Ouça nosso podcast e saiba como as empresas estão lidando com a marolinha:

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Mont Serrat - um olhar no passado

A impressão é de voltar no tempo, ao início do século. A subida de quatro minutos ao alto do Monte Serrat, em Santos, por trilhos do bonde fonicular é, no mínimo, inusitada. Aliás, a própria arquitetura do local nos remete ao passado com suas formas pós-modernista. O convite ao relaxamento e ao descompromisso com o estresse urbano acontece na recepção com o tratamento cortês do funcionário que recepciona os turistas e, ao mesmo tempo, vende e confere o ticket da passagem.
Minutos depois, a viagem acontece e a emoção é indescritível. A leve subida no bonde de madeira proporciona um raro momento de introspecção; uma tênue sensação de cruzar a linha do tempo. Oxigenada, a mente divaga pela beleza do verde, se desliga do burburinho urbano. Em volta, além da mata, apenas um casebre de madeira, pintada de branco, com aconchegante varanda, possivelmente para embalar, sem pressa, seu morador mais antigo, o funcionário responsável pela manutenção das engrenagens que, percebe-se, são bem cuidadas.
Bem... Chegamos ao topo. Quase deliciosamente, o bonde para. Na escadaria de acesso ao mirante, pinturas e desenhos chamam a atenção do visitante. Alguns fazem referência à inauguração – o ano de 1937. No alto do mirante, a panorâmica da cidade entorpece a visão, revelando um centro urbano agitado. Já o interior da Igreja Nossa Senhora de Monte Serrat é aconchegante. Afrescos e obras de artistas desconhecidos enriquecem culturalmente o ambiente religioso. E ali, encantado, o turista encontra um lugar propício às preces. Ao anoitecer, a magnífica Avenida Ana Costa chama a atenção, desde o começo, na Vila Mathias, até a chegada na Praia do Gonzaga. Extremamente educado, o funcionário que vende e confere o ticket da passagem, sorridente, informa que é a hora da descida. Acabou a viagem...

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

O consumidor verde se multiplica


“O planeta está chegando num ponto cada vez mais crítico”, afirma a escritora Fátima Portilho no livro Sustentabilidade Ambiental, Consumo e Cidadania, da Cortez Editora. Pura verdade: o aumento do consumo e a exploração indiscriminada dos recursos naturais agravam sobremaneira a vida no planeta e a única forma de reverter essa situação é agir, com seriedade, criando projetos que promovam e conscientizem a população de que mudanças imediatas são necessárias.
Um caminho é formar parcerias com setores públicos e empresas privadas nas áreas de educação, economia, política, saúde, focando a importância das ações de sustentabilidade ambiental.
“Continuar crescendo e manter-se sintonizado com as exigências do mercado externo, acompanhando o crescente apêlo pela sustentabilidade é um desafio”, explica o analista de meio ambiente Oscar de Melo Neto. “O mínimo que se exige para continuar investindo no mercado externo é ser certificado pelo ISO 14000, norma que comprova o cumprimento dos critérios de preservação ambiental numa empresa”.
Para o consumidor, essa preocupação começa a se desenhar como fator de importância e respeito por ele. “Prova disso são as exigências em relação às madeiras utilizadas em móveis que são certificadas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) mostrando que o material veio de área de reflorestamento monitorado”, acrescenta Oscar.
A qualidade de vida, tão procurada pela sociedade contemporânea, precisa e deve garantir condições ideais de sobrevivência no futuro. O problema se resume em educar a sociedade no consumo ordenado, com limites, e isso envolve não só os consumidores, mas também as empresas que precisam desenvolver produtos ecologicamente corretos, utilizando materiais que não agridam o meio ambiente.
“Projetos de sustentabilidade não são tão simples de se colocar em prática. Cada mudança impõe obstáculos e mudanças comportamentais sérias, e isso modifica a cultura materialista que a sociedade ora se encontra”, explica Fátima, em seu livro. A população urbana é extremamente dependente do consumo desenfreado, buscando a satisfação pessoal e, consome muito e extremamente mal. E interessante é o que ocorre no meio rural, quando, inversamente, as populações necessitam aprender a melhorar a qualidade de vida, fazendo o uso correto da terra, aumentando a produção sem agredir o meio ambiente.
Precisamos de mudanças comportamentais e ações sérias. Um dos desafios é, com certeza, iniciar pelo pensamento das pessoas na relação com o consumo.

Em série


Demorou mais eles chegaram. O que era tendência na década passada se transformou em realidade nos anos 2000: a popularização dos seriados norte-americanos. Com uma fórmula pré-definida, os seriados invadiram a programação das televisões abertas do Brasil, após surgirem nos canais por assinatura, cada vez mais populares, e agradar em cheio ao público.
A grande cartada dos grandes canais produtores, como Warner, Sony, AXN e Universal, parece ser apostar na continuidade cronológica das séries, como em novelas. A diferença fica por conta das temporadas, que marcam diferentes tramas dentro das séries, como em One Tree Hill, House, Sex and the City, Grey’s Anatomy, Cold Case, CSI, How I Meet your Mother e Friends, entre outras.
O novo formato agradou tanto o público que até mesmo a poderosa Rede Globo investiu pesado na contratação de grandes sucessos como Lost, 24 horas e, mais recentemente, a série Prison Break. Felizmente a qualidade e a quantidade de séries no mercado são grandes e bem exploradas por outras emissoras. Um grande exemplo é o SBT, que possui um contrato exclusivo com a Warner Channel e detém o direito de exibição de séries como Smallville e Supernatural, chegando a exibi-las no horário nobre. E aí, vai embarcar nessa?