terça-feira, 22 de setembro de 2009

Os delírios de consumo


“É muito difícil manter meu dinheiro guardado”, conta, rindo, o cabeleireiro Alex Fernandes de Souza, 23 anos. Assim como na ficção, acontece na vida real: pessoas que não conseguem administrar seu salário compram tudo aquilo que veem pela frente, sem ao menos saber se vão precisar ou não. Será que isso pode ser uma doença?

No filme Os delírios de consumo de Becky Bloom, a jornalista Rebecca Bloomwood, uma mulher consumista, acha que comprar é um dever. Assim como ela, a história mostra vários outros exemplos de homens e mulheres que tendem a gastar descontroladamente. Para Alex, esses delírios são normais. “Todo dia tenho dinheiro no bolso, mas no final do dia já não tenho mais nada porque simplesmente gastei tudo”, diz, sempre com bom humor. Para ele, isso não passa de um descuido que pode ser controlado e não uma doença.

Existem outros casos. A educadora física Sheila de Morais, 23 anos, diz que é louca por compras, principalmente sapatos, mas que também tem outras prioridades, como as contas de casa. “Meu fim de mês é duro. Fico sem nenhum dinheiro no bolso, mas sei que paguei todos aqueles para quem eu devia”, explica. Ela lembra que, no tempo de adolescência, gastava descontroladamente com coisas banais que muitas vezes nunca usava. “É engraçado por que na hora de comprar surge uma empolgação, uma alegria, e depois quando chego em casa passa tudo”.


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