Brincadeira de adulto

O videogame foi um dos ícones dos anos 80. Com o surgimento do primeiro console, o Atari, toda uma geração de crianças passava a ter uma nova forma de criação. Presas em casa, passavam horas em frente à televisão, com jogos que seus pais jamais conseguiam entender. Com o passar dos anos, a tecnologia dos videogames evoluiu e as crianças dos anos 80 se tornaram adultos que não perderam o hábito de passar horas jogando.
O comerciante Ricardo Alves, 36 anos, tem um filho de 10 e adora videogame. “Comecei com o Atari quando eu tinha 15 anos. Dali para frente cada novo modelo que lançava eu queria. Hoje tenho um Playstation III, que é o meu 11º videogame”. Ele relata algo muito engraçado e que é comum a muitos pais hoje em dia. “Quando eu era adolescente, convidava meu pai para jogar comigo e ele nunca conseguia, não se dava bem com os controles. Hoje sou eu que convida meu filho para jogar. Ele é meu parceiro e adversário”.
A funcionária de uma loja especializada em jogos eletrônicos, Andréia Lugo, diz que muitos dos clientes têm mais de 30 anos e trazem seus filhos para comprar os jogos. “Muitas vezes são eles que escolhem os games e os filhos ficam só olhando ou então levam uns para si e outros diferentes para as crianças”, conta Andréia. Ela acredita que isso também ocorre porque a cada dia os fabricantes lançam jogos mais reais e com temática voltada para os adultos, como jogos de guerra, por exemplo.