
A questão do que fazer com o lixo nas cidades é atualmente uma das grandes questões ambientais. Na cidade do Guarujá, virou também um problema de justiça. O ponto de discórdia é uma área de 1.700.000 m², conhecida como Saco do Funil, onde há cerca de 20 anos funciona um aterro sanitário. Depois de várias idas e vindas de decisões da Justiça, o Ministério Público estadual, atendendo a uma ação popular, proibiu o local de funcionar.
"Houve um vazamento de chorume, devido ao excesso de lixo no local, que contaminou o solo e deixou várias crianças doentes", explica Regina Estela Botelho, presidente da ONG Renascer, que moveu a ação contra a Patercon Construções e Serviços LTDA, administradora do aterro. Segundo Luciano Francisco Moita, advogado da empresa, o licenciamento ambiental do terreno passou por uma análise em todos os órgãos competentes.
Mas quem ficou mesmo com a saia justa maior foi a prefeitura do município. Se o aterro não voltar a funcionar, a administração terá um prejuízo de R$ 5 milhões/ano , já que precisará mandar o lixo para outro lugar. Por outro lado, o funcionamento do aterro também não é um bom negócio: além da população do bairro, o projeto do aeroporto também seria prejudicado. A Infraero estipula que os aterros têm de ficar pelo menos a 20 quilômetros de distância das pistas de pouso e decolagem. O aterro do Morrinhos passa a 8 quilômetros do local para onde a pista da Base Aérea de Santos vai ser expandida. O grande problema agora é, além do lixo, os urubus. A prefeitura preferiu, por enquanto, não se manifestar sobre o assunto.
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