terça-feira, 6 de outubro de 2009

Desenvolvimento da Baixada Santista depende de universidade pública forte

Ao proibir o tráfego de fretados em determinados locais do centro expandido da cidade, a Prefeitura de São Paulo talvez não tenha previsto uma reação tão feroz e organizada por parte dos empresários e usuários. Centenas de pessoas da Baixada Santista se sentiram prejudicados e também foram às ruas. O debate chegou à imprensa e ganhou apoio da classe política. Por mais justa que sejam as reclamações, a sociedade litorânea de São Paulo perdeu uma grande oportunidade de iniciar um debate mais profundo e de maior relevância para nosso desenvolvimento.
O fato de nossos competentes profissionais conquistarem espaço naquele que é um dos mercados mais pujantes e disputados do país expõe não só a competência de nossos jovens, mas a necessidade urgente de preparar a região para uma nova fronteira: o desenvolvimento tecnológico. É aqui que se faz necessário haver mercado de trabalho de alta qualificação e maior valor agregado para nossos profissionais.
Perdemos talvez mais uma oportunidade de cobrar o retorno de bilhões de reais que a região contribui com o PIB do país na forma de instalação de novos campi de universidades federais, que são a melhor forma de atrair novas empresas. Se as cidades de São Carlos, Taubaté e Campinas experimentaram vertiginoso crescimento, isto se deve muito à chegada das universidades. Perdemos mais uma chance e continuamos atrasados no campo do ensino, da pesquisa e do desenvolvimento tecnológico.

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