2020, uma odisseia tupiniquim

Desde o milagre econômico nos idos de 1970, o Brasil nunca teve tantas boas perspectivas como agora. O país, que antes era a vergonha vestida de verde e amarelo, virou referência para outras nações. Agora, enquanto no resto planeta tenta-se encontrar a cura do câncer, aqui políticos se estapeiam discutindo se a banana deve ser vendida por peso ou por dúzia. Ou se o Ronaldo fez ou não lipoaspiração. Eu falo sério, os anos de pindaíba terminaram em 2006, com o fracasso do dream team brasileiro na Copa do Mundo.

Depois disso, tudo melhorou. Reelegemos o Lula para presidente (nota do autor: não me mate!), descobrimos o pré-sal e as doces melodias da Banda Calypso, a novela Caminho das Índias, a queda do Corinthians para a Série B, a volta do Corinthians para a série A e muitas, mas muitas medalhas no Pan do Rio de Janeiro. Falando nisso, o povo carioca agora tem muito que comemorar e os paulistanos, mineiros e gaúchos a invejar. A primeira Olimpíada (finalmente) na América do Sul será na (antiga) cidade maravilhosa. Além disso, dois anos antes sediaremos a nossa segunda Copa do Mundo de futebol. É muita luxúria a nossa!

Outros eventos importantes ocorrerão nos próximos anos. Em 2010, mais uma eleição presidencial; 2011, meu aniversário de 23 anos + 1; 2012, queda do São Paulo, Palmeiras, Santos e Internacional para a Série C do Brasileirão (será sonhar demais?); 2013, Zorra Total exibe seu último episódio; 2015, mais uma edição do BBB; 2017, helicóptero do SBT explode no ar, mas Silvio Santos sobrevive apenas com alguns arranhões; 2018, mais uma novela do Manoel Carlos tem uma protagonista chamada Helena; 2019, Maysa é capa da Playboy do mês de dezembro, e finalmente em 2020, sai a maquete definitiva para a construção do estádio do Corinthians.