terça-feira, 1 de dezembro de 2009

O consumidor verde se multiplica


“O planeta está chegando num ponto cada vez mais crítico”, afirma a escritora Fátima Portilho no livro Sustentabilidade Ambiental, Consumo e Cidadania, da Cortez Editora. Pura verdade: o aumento do consumo e a exploração indiscriminada dos recursos naturais agravam sobremaneira a vida no planeta e a única forma de reverter essa situação é agir, com seriedade, criando projetos que promovam e conscientizem a população de que mudanças imediatas são necessárias.
Um caminho é formar parcerias com setores públicos e empresas privadas nas áreas de educação, economia, política, saúde, focando a importância das ações de sustentabilidade ambiental.
“Continuar crescendo e manter-se sintonizado com as exigências do mercado externo, acompanhando o crescente apêlo pela sustentabilidade é um desafio”, explica o analista de meio ambiente Oscar de Melo Neto. “O mínimo que se exige para continuar investindo no mercado externo é ser certificado pelo ISO 14000, norma que comprova o cumprimento dos critérios de preservação ambiental numa empresa”.
Para o consumidor, essa preocupação começa a se desenhar como fator de importância e respeito por ele. “Prova disso são as exigências em relação às madeiras utilizadas em móveis que são certificadas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) mostrando que o material veio de área de reflorestamento monitorado”, acrescenta Oscar.
A qualidade de vida, tão procurada pela sociedade contemporânea, precisa e deve garantir condições ideais de sobrevivência no futuro. O problema se resume em educar a sociedade no consumo ordenado, com limites, e isso envolve não só os consumidores, mas também as empresas que precisam desenvolver produtos ecologicamente corretos, utilizando materiais que não agridam o meio ambiente.
“Projetos de sustentabilidade não são tão simples de se colocar em prática. Cada mudança impõe obstáculos e mudanças comportamentais sérias, e isso modifica a cultura materialista que a sociedade ora se encontra”, explica Fátima, em seu livro. A população urbana é extremamente dependente do consumo desenfreado, buscando a satisfação pessoal e, consome muito e extremamente mal. E interessante é o que ocorre no meio rural, quando, inversamente, as populações necessitam aprender a melhorar a qualidade de vida, fazendo o uso correto da terra, aumentando a produção sem agredir o meio ambiente.
Precisamos de mudanças comportamentais e ações sérias. Um dos desafios é, com certeza, iniciar pelo pensamento das pessoas na relação com o consumo.

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