terça-feira, 25 de agosto de 2009

A TV, a massa e loucos

É notória a influência que a TV exerce sobre a sociedade brasileira, que acabou se acostumando à passividade de assistir, sem direito a questionamentos, às grandes vitórias e derrotas de políticos, artistas e personalidades. A galinha dos ovos de ouro, descoberta por Chateaubriand, seduziu os intelectuais, que já demonstravam há tempos ser capazes de manobrar opiniões em massa. De posse das ferramentas, não precisou muito para estes operários construírem seus impérios.

O regime concessionário do país deu a poucos o direito de passar adiante suas ideias, através de uma pseudo-comunicação, em que o receptor tem o direito de receber, só isso! Os interesses desconhecidos levaram ao topo ilustres desconhecidos, aclamados pelo frisson de uma nação que se autodenomina capaz de realizar suas próprias escolhas , deixando passar batido a quase imperceptível opção que alguns fizeram por ela. Os poucos que conseguem enxergar essa baliza gritam como loucos, desacreditados em meio a uma multidão que faz coro, de frente a linhas coloridas e bem definidas agora via digital, calados pelo alto som double áudio de potentes home theaters.

A história recente deste veículo cinquentão consegue a proeza de em pouco tempo reprisar as mesmas histórias, em que interesses pessoais se cruzam e duelam. Tornam-se públicos assuntos escondidos, o chão se abre para o declínio do limite e, sentada de frente ao centro da atenção familiar, a nação assiste confusa a uma guerra onde ela é o prêmio principal. Que os contratos escusos da ex-atual maior potência da comunicação brasileira continham irregularidades, os loucos desacreditados já sabiam. Que as ofertas alçadas contribuíram para a construção de um império em nome de um de seus mandatários e não da coletividade, eles também já sabiam. Mas afinal, porque ouvi-los? Ou melhor, como ouvi-los? Quem ganhará a concessão das escolhas da massa? Só o tempo dirá. Um viva à ingenuidade nacional e um brinde à vitória dos emissores! Saudações a você que compreende, a você que entende o que eu escrevo. Será um prazer gritar com você também...

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