Em nosso vocabulário diário, eficiente descreve aquilo que faz tudo perfeitamente, que consegue atingir totalmente seu objetivo. Logo, deficiente seria algo inadequado e improdutivo. Pode parecer uma coisa simples, até mesmo óbvia, mas que não chega à percepção daqueles que chamam os portadores de necessidades especiais de “deficientes” com certo descaso. Afinal, quem consegue sobreviver, apesar de todas as dificuldades, em um mundo que não lhe é adaptado não merece ser chamado de improdutivo. Deficientes sim, mas não incapazes. Apenas diferentes.
Foi pensando nisso que vários municípios da Baixada Santista vêm realizando seminários, palestras e planejamentos que visam a melhorar não só as condições daqueles que possuem algum tipo de deficiência, como também conseguir o mais importante: contribuição da comunidade em geral. “O nosso principal objetivo é tornar visíveis as entidades que realizam esses atendimentos, além de conscientizar as pessoas das necessidades do deficiente”, comenta a assistente social Maria Fernanda da Silva, que coordenou a semana do deficiente na cidade de Guarujá.
Em São Vicente , a prefeitura foi além. No mês de setembro começam as aulas de surf aos alunos matriculados no Centro Educacional e Recreativo (CER) – Especial. O Centro atende pessoas de 6 a 63 anos que têm algum tipo de retardamento no desenvolvimento mental. São 18 alunos que, pela primeira vez, terão a oportunidade de fazer um esporte ao ar livre. “As instituições estão trabalhando para expandir o atendimento. É importante que ele chegue a todos, porque o excepcional não pode esperar”, diz a sócio-fundadora da APAE, Célia de Oliveira Lima. Todas as aulas serão acompanhadas por um coordenador do CER, para garantir a segurança dos participantes. Porém, o curso é uma oportunidade rara - e que deve ser repetida - de crianças e jovens especiais realizarem atividades divertidas e que lhes dêem contato com a natureza e integração social.
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