terça-feira, 3 de novembro de 2009

O microvestido que parou uma universidade


Nesta quinta-feira, dia 22 de outubro, alunos da universidade paulista Uniban acharam o “modelito” rosa-choque da estudante Geyse Arruda, 20 anos, do primeiro ano de Turismo, provocativo e totalmente fora do convencional. Em uma manifestação coletiva de preconceito e covardia, cerca de 700 alunos xingaram a moça de tudo quanto foi nome e ainda disponibilizaram na internet vídeos feitos com câmeras de celulares, que registraram tal descontrole.

Tamanho foi o tumulto que o coordenador do curso teve de pedir que Geyse fosse embora. Com um jaleco branco cobrindo seu corpo, ela deixou o local escoltada pela Polícia Militar, que ainda precisou fazer o uso de spray de pimenta para conter a multidão, que gritava, ensandecida.

Dias depois, começou a circular na universidade um rumor forte. Segundo colegas, a estudante, nas horas vagas, trabalharia como prostituta ou atriz pornô. Mesmo que fosse de fato uma atriz pornô ou prostituta, nada justifica o motim moralista, com centenas de jovens pulando muros, gargalhando e jogando papel higiênico no pátio central. Sem a PM, Geyse corria risco de ser linchada.

Um comentário:

Chrys Leite disse...

Concordo com você Gisele. O vestido de Geyise pode até ser inadequado para um ambiente acadêmico, mas nada justifica aquele linchamento moral.